Nesta semana, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto que suspende resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibindo o uso de inibidores de apetite e controlando o uso da sibutramina. Sendo assim, é necessário desmistificar o assunto e acabar com o mito de que os inibidores de apetite são vilões para nossa saúde. 

Os anorexígenos, nome que pode assustar algumas pessoas, não passam de remédios utilizados por pessoas que precisam emagrecer, mas não conseguem resultados apenas balanceando a alimentação ou fazendo exercícios físicos. “É preciso entender que os inibidores de apetite causam anorexia – que, apesar de ser o nome de um transtorno alimentar, significa simplesmente ‘perda de apetite’”, explica Andressa Heimbecher, médica endocrinologista especializada em emagrecimento e transtornos alimentares.

Como o assunto causa polêmica, ela acredita que desmistificar os remédios usados para emagrecer pode incentivar seu uso correto. “Os anorexígenos podem ajudar muito a quem de fato precisa perder peso. O problema com essa classe de medicamento vem do seu uso indiscriminado e, muitas vezes, em doses excessivas”, comenta. Na busca de um corpo magro, as pessoas muitas vezes tomam atitudes extremas, que geram consequências. Alguns anorexígenos têm sérios efeitos colaterais – e por isso foram proibidos. Para que o benefício seja maior do que os efeitos adversos, é preciso usar essa medicação com consciência – e sempre com orientação médica. 

Os anorexígenos são medicamentos psicotrópicos que agem no sistema nervoso central e podem gerar alterações de humor e comportamento. Essa já é uma forte razão para não utilizá-los sem supervisão profissional. Desde que a maioria dos anorexígenos foi proibida no Brasil, o receio em usar esse tipo de substância aumentou. 

Segundo a especialista, estes remédios tem o poder de bloquear a sensação de prazer que temos ao comer. “A sibutramina bloqueia a recaptação dos neurotransmissores norepinefrina e serotonina no sistema nervoso central. Eles são responsáveis pela sensação de prazer ao comer, então seu bloqueio reduz a ingestão alimentar”, explica. A substância também estimula a geração de calor em tecido adiposo marrom, tanto em experimentos com animais quanto em humanos. “Essa geração de calor, chamada termogênese, aumenta o gasto calórico, o que favorece o balanço energético negativo”, esclarece. 

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